terça-feira, 10 de maio de 2016

O QUE DEUS ESTÁ VENDO?


texto: euescolhiesperar.com/artigos - Luma C Cordeiro


Jó tem um evangelho inteiro, quarenta e poucos capítulos e sua história é praticamente contada nos dois primeiros. Você conhece, muito provavelmente, o homem reto que não negou a Deus mesmo quando tudo lhe foi tirado: as terras, as plantações, os rebanhos, os servos e os seus dez filhos. O homem que não negou a Deus mesmo quando sua saúde foi comprometida e apenas lhe restou um caco de louça para afastar os insetos das suas chagas. Jó, certamente, é o maior símbolo de fidelidade para com Deus de toda a Bíblia (pelo menos, para mim), mas há algo maior que devemos atentar. 

Antes de Jó passar por tudo o que já foi dito, satanás foi perante a Deus, então o Senhor perguntou a Satanás: “Reparou em meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, irrepreensível, íntegro, homem que temente a Deus e que evita o mal”. Esse é o início da história do deserto de Jó, quando o Senhor, claramente exibe seu agrado pelo seu servo. Conosco é diferente?

Deus, assentado no trono da graça, inclina seus olhos e ouvidos para ouvir nossos clamores e orações, isso é incontestável. Mas, você não se pergunta o que o Senhor vê, quando olha pra você? 

A Bíblia diz que o temor a Deus é o princípio de toda sabedoria, mas também não é o princípio de toda adoração? O louvor, a pregação, as boas obras devem ser todos em favor da adoração, mas é a nossa vida que se revela como maior forma de adorar ao Altíssimo.

Como você vive, trata os outros. Como você respira ou evangeliza. Como você toma decisões ou recusa uma facilidade ilegal. Tudo que você é e faz devem ser feitos pensando no temor a Deus, mostrando que você ama a Cristo. 

Temor. Não tremor. Temor não se relaciona exclusivamente com o medo, mas trata-se de uma forma de não transgressão, de não ferir a palavra ou o coração de Deus. Jó era temente a Deus e preocupasse até em oferecer sacrifícios a Deus após seus filhos realizarem festas e banquetes para que o Senhor os perdoasse, caso tivessem pecado. Mesmo quando os pecados não eram seus, mas da sua casa e feriam a Deus, Jó tinha a preocupação de não desagradar a Deus. Acredito que essa atitude é a maior prova de que Jó era um homem temente ao Senhor em todos os aspectos da sua vida e que apresentava preocupação com o olhar de Deus sobre ele.

Mas, temos vividos tempos em que o pecado tem nos separado de Deus, mais que nunca. Nosso brilho é opaco, nossas vestes são manchadas e nosso louvor é quase mudo. Não nos preocupamos mais com a visão que Deus tem, quando olha pra nós. O que Ele tem visto? 

Desejamos que ele veja um servo comprometido com a Lei e amante de Cristo, mas esquecemos que mesmo quando fazemos algo escondido dos homens, impossível de ser descoberto por eles, os olhos do Senhor nos alcançam. Biblicamente, Deus nos revela que Seus olhos diferem dos nossos quando impõe Samuel a ungir um novo rei. Samuel vê entre os filhos de Jessé homens forte e que teriam porte de rei, mas o menos provável deles, é ungido, porque o Senhor revela a Samuel que Ele vê o coração. O que há em seu coração é agradável a Deus como o coração de Jó e Davi? 

Nossas preocupações estão erradas, esquecidas e invertidas, mas oramos para que possamos voltar para o que realmente importa, que é ser cheiro agradável as narinas de Deus e uma bela visão aos Seus olhos. Que a nossa vida volte a ser vivida para honra e glória de Deus. Que quando olhem para nós, sejamos sim, imagem e semelhança do Pai.

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