texto: www.lagoinha.com/artigos - Joel Pereira - Raissa Sossai
Tiago 4:1-60
O Apóstolo Paulo insistia em dizer que o bem que seu intelecto entendia como certo era impedido por um desejo da sua alma, que anestesiava seu entendimento pendendo para o que não era certo. Que força é essa dentro de nós que consegue sabotar nosso cérebro?
Há um espírito em nós que deseja intensamente, assim nos inclina a lutar e fazer guerras porque absorve a sabedora terrena. O ser humano tem sede de novidades, do desconhecido, é uma curiosidade instintiva desde o nascimento. Esse sentimento não nos sustenta em tempos de provações, só nos faz pessoas frágeis, contenciosas, invejosas e rixosas.
Tenho visto tanta gente em contenda com pessoas e consigo mesmo, em uma verdadeira batalha que domine seu dia, interfere no seu humor, paralisa seus projetos, interrompe seus relacionamentos, interfere na família. Os problemas são criados quando fazemos o prazer o nosso alvo. Seria a busca da fama, domínio e posição a custa de qualquer coisa.
De onde vem as guerras e contendas que há em você? Tiago faz essa pergunta e ele mesmo responde: “Dos prazeres que militam na vossa carne, porque só querem satisfazer seus próprios desejos”, ou seja, na nossa sociedade individualista e consumista. Vivemos para nossa felicidade. Aí entra um pensamento coletivo, uma ideologia luciferiana, de que feliz é aquele que, ao sentir uma necessidade, acessa o correspondente que vai supri-la de imediato. Esse conceito é antagônico ao que Jesus nos ensinou.
Jesus não falava muito de felicidade, Ele falava de amor. O que conhecemos é o caminho da felicidade egoísta, do EU, um caminho que gera competição, insatisfação e guerra. A bíblia diz que somos um corpo, somos partes um do outro. Tenho me assustado com o prazer que as pessoas sentem em ver o irmão caído, destruído, sem sucesso. A minha felicidade não está em suprir meu EU, mas em suprir a parte de mim que está no meu irmão.
Você precisa descobrir o contentamento em qualquer circunstância, na fartura ou na necessidade. O amor não quer tudo para si, o amor reparte, doa, entrega. Deus nos criou fora dele, assim um pedaço dele está em nós Deus é amor. Esse é o conceito da felicidade de Jesus.
“O que conhecemos é o caminho da felicidade egoísta, do eu, um caminho que gera competição, insatisfação e guerra”.
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